Amor Agape

JOSUÉ H. S. GRANEIRO

   Uma vez me perguntaram quantas vezes chorei com Deus. Eu não me lembrava da ultima vez. Mas percebo que não me lembrava por ligar ao estereotipo de quebrantamento, onde os joelhos estão no chão e você se encontra num martírio. Não funciona só assim.

   Agora me recordo que muitas vezes chorei com Deus. Desabafei de coração e alma meus problemas, meus erros, meus anseios e vontades. Dizer a Ele através de palavras pensadas, digitadas, escritas ou faladas, como é incomodo essa tristeza. Como é pegajoso o fato de saber o que fez ou deixou de fazer foi culpa exclusiva, individual e conscientemente sua! Que ninguém o forçou ao ato consumado. Um prego martelado na sua cabeça com marcas que traduzem

“você sabe que consegue mudar. Você sabe que precisa mudar, mas se acomodou no caminho mais fácil, de aceitar o seu defeito quando deveria afogar ele no suor do teu esforço que nunca é vão”. 

Um prego que mostra seu pior inimigo em uma imagem de seu próprio espelho.

   Quantas vezes você vai permitir que esse prego seja o catalisador de uma consciência suja e pesada, assumindo novamente o réu, onde você é o ator, co-ator e vítima do crime?

   Olhando para as estrelas, chorei questionando a mim e a Deus. Como seria possível ter saudade de alguém ou algo que nunca vi ou ouvi, tendo somente monólogos de agradecimentos, pedidos e observações?

   Naquele momento com lágrimas supliquei aquele abraço apertado que nunca tive, mas que sempre amei! Gritei com o olhar, que é a janela do coração, as palavras que nunca ouvi da pessoa que sempre me deu paz, justiça e amor. Queria o colo de Deus. Do meu Pai. Aquele que consegue ser o mais correto, coerente e estimulante sem ter o mínimo de obsolescência retrógrada.

   Quando digo que Deus é mais do que a própria bíblia cita e do que podemos imaginar, não é difícil de acreditar quando se sente no simples o sentimento resultante da fé.

   Ele não pertence ao nosso mundo, mas pertencemos ao mundo dEle onde há espaço para o amor mesmo sem sabermos o que é.

   Perdemos a chance de estar perto dEle a cada erro que fingimos não ver.

    I was asked how many times I cried with God. I did not remember the last time. But I realize that I did not remember because I was linking that with a stereotype of brokenness, where the knees are on the ground and you find yourself in a martyrdom. It does not work only like that.

   Now I remember that I often cried with God. I unburdened my heart, my soul, my problems, my mistakes, my longings and my wills. I told Him by words in my thoughts, typed, written or spoken, how uncomfortable this sadness was. How sticky is the fact of   knew what I did or did not do it was my own fault, individually and consciously mine! That nobody forced me to the consummate act. A nail hammered on my head with marks that translate

"you know you can change. You know you need to change, but you have settled down in the easy way, to accept your failing when you should drown him in the sweat of your effort that is never useless. " 

A nail that shows your worst enemy in an image of your own mirror.

   How many times will you allow this nail to be the catalyst for a dirty and heavy conscience, taking over the defendant again, where you are the actor, co-actor and victim of the crime?

   Staring at the stars, I cried questioning myself and God. How could you miss someone or something that have never seen or heard, only having monologues of thanks, requests and observations?

   At that moment with tears I implored that tight embrace that I never had, but that I have always loved! I cried out with my eyes, which is the window of my heart, the words I have never heard from the person who has always given me peace, justice and love. I wanted the lap of God. From my Father. The one who can be the most correct, coherent and stimulating without the least of retrograde obsolescence.

   When I say that God is more than the Bible itself quotes and from what we can imagine, it is not difficult to believe when feeling in the simplicity the resultant result of faith.

   He does not belong to our world, but we belong to the world of Him where there is room for love even without knowing what it is.

   We miss the chance to be close to Him with every mistake we pretend not to see.